Visita de Estudo à Oficina da Regueifa e do Biscoito de Valongo

Alunos do 12.º RA da Escola Básica e Secundária de Rebordosa exploram identidade e cidadania em Valongo
No passado dia 13 de maio, os alunos da turma 12.º RA da Escola Básica e Secundária de Rebordosa participaram numa visita de estudo a Valongo que reuniu, num só percurso, cultura, património, tradição e cidadania ativa — numa conjugação exemplar entre o saber científico e a valorização do território.
A jornada teve início com uma atividade interativa na Oficina da Regueifa e do Biscoito, onde os alunos puderam conhecer, de forma prática e sensorial, os processos de confeção artesanal destes produtos identitários da região. Esta componente permitiu reforçar aprendizagens relacionadas com a Biotecnologia, uma temática central do programa de Biologia do 12.º ano, enquanto promoveu também a compreensão da importância do património imaterial na construção das identidades locais. O momento foi ainda enriquecido com a exibição de um vídeo introdutório que contextualizou historicamente a origem e evolução desta tradição, criando um enquadramento visual e narrativo que favoreceu uma maior compreensão do significado cultural da regueifa e do biscoito.
Seguiu-se a visita ao Museu Municipal de Valongo, onde os alunos contactaram com uma exposição dedicada aos Bugios de Sobrado, manifestação única do concelho que funde tradição religiosa e expressão popular, com raízes profundas na história local. Este momento permitiu um olhar sobre as práticas culturais e festivas da região, despertando reflexões sobre a diversidade de formas de viver e preservar o património.
A visita culminou na Câmara Municipal de Valongo, onde os alunos tiveram oportunidade de apreciar a maquete do ambicioso projeto da futura Casa da Democracia, um espaço emblemático e de grande valor simbólico. Este equipamento, que se prevê venha a ser um lugar de encontro e participação cívica, destaca-se pela sua forma inspirada numa trilobite, evocando o riquíssimo património paleontológico do concelho e estabelecendo uma ponte entre o passado geológico e o futuro democrático.
A visita revelou-se uma experiência formativa abrangente, onde os alunos puderam não apenas consolidar aprendizagens curriculares, mas também reconhecer o valor do território em que vivem, enquanto espaço de história, ciência, cultura e cidadania. Uma verdadeira aula ao vivo — onde a ciência e a identidade caminharam lado a lado.